domingo, 25 de maio de 2014

Término (G. II)

 Sempre fui daqueles desacreditados no amor, que sempre fugiu de relacionamentos e enrolava as mulheres com quem saía. Mas você foi diferente de tudo o que eu já havia vivenciado.
De uma hora pra outra, me vi perdidamente apaixonado por você, daqueles casos em que se replaneja todos os planos pra você fazer parte deles e estar presente. Aliás, em mim, havia muito mais de você do que de mim mesmo. Isso estava me enlouquecendo, mas era uma loucura boa, uma loucura em que eu tinha outra pessoa pra curtir comigo.
Preta, eu era totalmente seu, porém, sendo seu, você podia fazer o que bem entendesse comigo, e decidiu me descartar, me botar pra escanteio, me jogar fora.
Não sei se você fez por pura maldade, sem saber o quanto ia me magoar ou se ao menos se importou de verdade, mas, porra, como eu te amei! Sim, no passado porque no presente não me permito mais sentir nada por você ou por mais ninguém. Não é uma coisa eficaz, mas às vezes dá certo e eu sinto menos.
Sentir menos. É com esse intuito que tô te escrevendo essa mensagem. Preciso sentir menos saudade, menos tristeza, menos mágoa, menos arrependimento... Preciso me sentir menos sufocado! E eu não conseguirei isso se eu não me mudar, se eu continuar morando há 10 minutos da tua casa, se eu continuar tendo que passar em frente ao nosso restaurante favorito pra ir ao trabalho e essas coisas. Vou me mudar, vou mudar e me reinventar. O antigo Eduardo é seu, eu me dei pra você e acho que é aquilo, "deu tá dado", portanto preciso de um novo eu.

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