quinta-feira, 10 de julho de 2014

Drunk

Leia ouvindo: Why'd you only call me when you're high?


Com o tempo fui me acostumando com a sua falta. Mesmo que demore, uma hora ou outra você aparece. Não sei se cansa da sua vida fútil ou do seu dia-a-dia corrido, mas você encontra em mim a paz que precisa.
Antes de me procurar, você faz outras tentativas: seus amigos, suas "fodas casuais", suas cervejas artesanais de merda, sua maconha barata, suas "nights ostensivas", mas nada disso consegue te remeter ao que sente quando está comigo.
Sei disso porque você só me procura quando está chapado, e é aí que você se abre mais ainda. Eu gosto de você, mas não te quero só quando você estiver bêbado, não só de álcool, mas também de carência, de solidão, de vazio, de falta de confiança; bêbado de você mesmo.
Quero-te puro, quero você sendo você, não quero ouvir só seu papo de "embriagado", mas se ocorrer, quero você bêbado de amor, carinho, respeito, bêbado de felicidade; bêbado de mim e por mim.

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