Depois de muitas fofocas, intrigas e boatos, resolvi pedir aos meus melhores amiguinhos pra te contarem que eu gostava de você. Uma das piores atitudes que eu já tomei na minha vida. Tratando-se de paixãozinha e tal, foda-se, se for correspondida, vocês têm chance, se não, acabou e parte pra outra; mas amor acaba com você. Uma pessoa que não sente nada por você saber que você gosta muito dela, dá poder pra te fazer de gato e sapato, de te humilhar, de fazer você tentar decifrar um oi, cujo significado era apenas um 'oi' mesmo, mas que você via uma pitada de sentimento.
Eu relevo, tínhamos cerca de 14 anos, e você, 16 (16 - 3 (retardo mental dos meninos) = 13, mais novo que eu, mentalmente falando) éramos bem imaturos. Adorávamos joguinhos: hoje te amo, amanhã te odeio; mas mesmo assim, você tratou o meu sentimento como tratavam o cachorro da nossa rua, o Puppy (in memoriam).
O tempo foi passando e, o que no inicio foi uma paixão, o tempo se encarregou de transformar num amor platônico, o pior que pode existir, porque eu não teria coragem, nunca, de ter algo com você, eu seria a que ama mais e você saberia disso. Você acabaria comigo.
Depois de tentativas de afastamento, de mudar de casa, e depois de bairro, de mudar de vida, você continua sendo o amor da minha vida, e eu, a menina que faria tudo por você.
Não quero com isso que você tenha dó de mim ou que se sinta culpado e obrigado a fazer algo pra reverter esse sofrimento, até porque não há nada que você ou eu possamos fazer pra mudar isso. "A dor precisa ser sentida".
(Carta a D.M., meu amor platônico e amor à primeira vista desde 2006.)
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